Arquivos mensais: janeiro 2017

Dados da China e EUA animam mercados; Bolsa sobe 3,73% e dólar cai

Dados positivos da economia americana e chinesa elevaram o apetite dos investidores

O bom humor dominou os mercados mundiais nesta terça-feira (3), marcada pela reabertura das Bolsas de Nova York, Londres e China após o feriado de Ano Novo. Dados positivos da economia americana e chinesa elevaram o apetite dos investidores.

Com a valorização de quase todas as ações, o Ibovespa encerrou o segundo pregão do ano em alta de 3,73%, aos 61.813,83 pontos, maior pontuação em dois meses. O giro financeiro foi de R$ 7,5 bilhões.

No início da sessão, os investidores também se empolgaram com a alta do petróleo para as cotações máximas em 18 meses, mas a commodity acabou invertendo o sinal e encerrando em queda.

Mesmo assim, as ações da Petrobras avançaram 5,72% (PN) e 6,35% (ON). Os papéis da mineradora Vale, que tem a China como principal mercado, subiram 5,51% (PNA) e 4,42% (ON).

No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 4,23%; Bradesco PN, +4,23%; Bradesco ON, +4,06%; Banco do Brasil ON. +4,57%; Santander unit, +3,55%; e BM&FBovespa ON, +4,11%.

Em Nova York, o índice S&P 500 ganhava 0,54%; o Dow Jones, +0,44%; e o índice de tecnologia Nasdaq, +0,74%.

Com exceção de Frankfurt, as Bolsas europeias também terminaram no campo positivo, assim como as chinesas.

Na China, o aumento da demanda fez a atividade industrial alcançar no mês passado no ritmo mais rápido em quase seis anos, segundo pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) calculado pelo Caixin/Markit. O indicador ficou em 51,9, ante 50,9 em novembro. A mediana das projeções de analistas para dezembro era de 50,9, segundo levantamento da agência internacional Bloomberg.

O otimismo nos mercados também foi influenciado pela atividade manufatureira nos Estados Unidos, que se expandiu em dezembro no ritmo mais forte em dois anos. O indicador, divulgado pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), ficou em 54,7, ante expectativas de 53,8.

“Os investidores se animaram com as perspectivas de crescimento da economia mundial neste ano”, diz Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.Ele destaca que a possibilidade de um corte de pelo menos 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic) neste mês favorece o fluxo para a renda variável.

Essa expectativa levou as ações de construtoras a registrarem fortes ganhos neste terça-feira. Cyrela ON subiu 8,46% e liderou as altas do Ibovespa; fora do índice, Gafisa ON avançou 10,10%.

CÃMBIO E JUROS

O dólar teve comportamento misto no exterior, mas terminou em baixa ante o real. A moeda americana à vista caiu 0,87%, a R$ 3,2539. Já o dólar comercial perdeu 0,66%, a R$ 3,2630.

“O bom humor neste início de ano, sem ruídos no cenário político e com a perspectiva de retomada da economia brasileira neste ano favorecem o real”, afirma Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

Já o mercado de juros futuros encerrou com pequenas variações nesta sessão, após a forte queda na véspera por causa das apostas de corte maior da Selic neste ano. Com informações da Folhapress.