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Importação de carne bovina pela China deve crescer 20% ao ano até 2018

SÃO PAULO, 28 Abr (Reuters) – A importação  de carne bovina pela China devem crescer até 20 por cento ao ano até 2018, dada à crescente demanda e às limitações do país para produção local, em movimento que deve favorecer Brasil e Estados Unidos, os maiores produtores da commodity, apontou nesta segunda-feira o Rabobank em relatório.
“As importações totais aumentarão entre 15 e 20 por cento cada ano nos próximos anos… Isso posicionará a China como o mais importante destino global para a carne nos próximos anos”, disse o banco.
O Rabobank, importante banco global especializado em alimentos e agronegócio, ressaltou que a China tornou-se um enorme importador em 2013, comprando 297 mil toneladas, ou 3,79 vezes mais ante 2012.
Além destes dados oficiais, estima-se no mercado que mais carregamentos da carne entre no país por vias clandestinas.
Mas este é um cenário que deve mudar após a China aprovar as importações de carne bovina do Brasil e dos EUA. Isso fará com que fatia relevante do produto contrabandeado entre nos registros oficiais.
Estimativas de fontes consultadas pela Reuters em meados de março sugeriam que as importações de carne bovina no mercado paralelo sejam superiores às importações oficiais. O produto contrabandeado acaba entrando na China através dos vizinhos Hong Kong e Vietnã.
Segundo o Rabobank, a escassez de gado na China é uma questão estrutural e a indústria local enfrenta muitos desafios.
“(A indústria) fica atrás de outros grandes produtores de carne bovina do mundo em todos os aspectos chave, como genética, reprodução, produtividade, gestão e fontes de pasto/ração.”
O Rabobank espera que a China permita o acesso total para a carne bovina do Brasil nos próximos meses e até o fim do ano para o produto dos EUA.

“Claramente, o governo chinês está ativamente buscando alternativas para solucionar a escassez de oferta doméstica”, acrescentou o banco.
O principal destino para a carne bovina do Brasil no primeiro trimestre do ano foi Hong Kong, cujas compras aumentaram quase 16 por cento ante igual período, somando 92,77 mil toneladas no período.

(Por Fabíola Gomes)