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Brasil no comércio internacional

Em 2011 o Brasil ocupou o 22º lugar no ranking dos maiores exportadores internacionais, e 21º no dos importadores. Se desconsiderado o comércio dentro da União Europeia, o Brasil sobe para 16º e 15º, respectivamente (pois a Alemanha, Itália, França, Reino Unido, Bélgica, Espanha desocuparam as primeiras colocações).
Em termos de exportações, o Brasil vem mantendo praticamente a mesma posição desde 2005, só que a parcela brasileira nas exportações mundiais cresceu de 1,13% em 2005 para 1,4% em 2011 por causa do menor ritmo de expansão mundiais. Considerando apenas os países em desenvolvimento entre os 30 maiores exportadores do mundo (cujo valor das exportações em 2011 foi superior a US$ 160 bilhões), o Brasil logrou um crescimento das exportações em 2011 mais forte do que os Tigres Asiáticos e os integrantes do ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) como Hong Kong, Singapura, Tailândia, Malásia, Indonésia e até mesmo a China. Porém, o Brasil ficou atrás de Arábia Saudita, Índia, Rússia, e Emirados Árabes.
Em termos de importações a expansão foi bem maior. Em 2005 o Brasil ocupava o 28º lugar no ranking e passou para 21º em 2011. Note que o maior salto ocorreu em 2010, quando o Brasil ultrapassou a Suíça, Tailândia, Turquia, Polônia, Áustria e Emirados Árabes. Se desconsiderado o comércio entre os membros da União Europeia, a posição no ranking se eleva de 19º para 15º. E tomando apenas os países em desenvolvimento entre os 30 maiores importadores do mundo (cujo valor das importações em 2011 foi superior a US$ 150 bilhões), o Brasil logrou o crescimento de 24% em 2011. Essa variação superou o crescimento do México, Malásia, Hong Kong e Singapura, mas foi inferior à China, Rússia, Tailândia, Indonésia, Emirados Árabes, Índia. Por isso, de 2005 a 2011 a parcela brasileira nas importações mundiais quase dobrou de 0,72% para 1,3%.

estatísticas importaçõesO FMI provê as informações de comércio internacional atualizadas até junho de 2012. Comparando-se o primeiro semestre deste ano ao mesmo período de 2011, houve pequena melhora da ordem de 1,2% no comércio internacional. O Brasil cresceu em termos de importações, mas decresceu em termos de exportações. A posição do Brasil no ranking das exportações sem União europeia aumenta de 19º para 18º. A colocação reflete uma participação nas exportações mundiais que evolui de 1,31% para 1,34%, entre os primeiros semestres de 2011 e de 2012, respectivamente. Nas importações, a posição manteve-se em 21º, com aumento da participação de 1,24% para 1,28% do primeiro semestre de 2011 para o mesmo período de 2012.
As informações permitem concluir que o ritmo de crescimento das importações brasileiras em geral acompanhou a mesma tendência, mas tem sido de magnitude superior ao das exportações, exceto em 2011. Destaca-se, também, que o ritmo de crescimento em 2011 de ambos (27% e 24%, respectivamente para exportações e importações) foi inferior a 2010 (32% e 43%). Como o crescimento em valor das exportações mundiais (19%) foi um pouco inferior ao do Brasil, fica claro entender porque evoluiu a participação brasileira nas mesmas.