China elabora novas medidas para incentivar o comércio exterior

A China está elaborando novas medidas para incentivar seu comércio exterior, na expectativa de melhoria comercial no segundo trimestre do ano.

Conforme os dados divulgados recentemente pela Administração Geral de Alfândegas da China, o volume de importação e exportação do país somou 1,97 trilhão de yuans em maio deste ano, registrando uma queda de 9,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor das exportações foi de 1,17 trilhão de yuans, uma diminuição de 2,8%, enquanto o das importações totalizou 0,8 trilhão de yuans, 18,1% mais baixo do que a cifra do mesmo período de 2014.

O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Shen Danyang, afirmou que a exportação do país manteve recessão devido à demanda enfraquecida externa e à alta da taxa de câmbio da moeda chinesa, RMB. A baixa contínua, e em massa dos preços de produtos e a falta de demanda interna foram os principais motivos do fraco desempenho nas importações por parte da China.

Shen Danyang revelou que as autoridades chinesas estão estudando novas políticas para apoiar o aumento do comércio exterior e o reajuste de sua estrutura.

“O ponto mais importante é aliviar os pesos das empresas. Os aspectos que mais preocupam as empresas incluem o corte de taxas nos processos de importação e exportação, a resolução das dificuldades e custos de financiamento e a facilitação dos trâmites do comércio. Este último consta da implementação de medidas sobre o comércio trans-fronteiriço. Com o surgimento dos efeitos dessas políticas e a reativação do ambiente comercial internacional, previmos uma melhoria do comércio exterior do país, no segundo trimestre deste ano.”

Os dados mostram que o valor das exportações chinesas para os EUA aumentou 7,8% e representou 18,8% da exportação total do país. A exportação da China para a Europa, Japão e Coreia do Sul, entretanto, registrou ligeira queda. Analistas apontaram que a dependência da exportação chinesa para os EUA marcou um novo recorde nos últimos cinco anos.

Shen Danyang analisou as razões do fenômeno,

“Isso porque, primeiro, os EUA tiveram uma forte tendência de recuperação econômica, com o aumento da demanda de mercado. Segundo, a valorização do RMB afetou a competitividade da exportação chinesa para a Europa, Japão e Coreia do Sul. Desde o segundo trimestre do ano passado, a taxa cambial do RMB em relação ao dólar não teve grandes mudanças e, por isso, a exportação da China para os EUA permaneceu estável.”

Shen Danyang destacou que não se pode avaliar a dependência do comércio, de um país em relação a outro, somente com base em dados de exportação. A China é o terceiro maior mercado de exportação e a origem mais importante de importação dos EUA. Os dois países são parceiros importantes.

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